Pior do que o erro crasso da arbitragem na marcação de um pênalti inexistente, que definiu o duelo Palmeiras x São Paulo, é o áudio do diálogo entre apitador e VAR. Trata-se de uma clara demonstração de desconhecimento futebolístico.
O clube beneficiado obviamente já foi prejudicado por árbitros, como todos os demais. O nível da arbitragem brasileira é reconhecidamente baixo, o que torna falhas gritantes algo rotineiro. Infelizmente. Mas isso não justifica passadas de pano esverdeado nessa lambança.
Há quem diga que o diretor de árbitros da Federação Paulista pede intervenção mínima da arbitragem de vídeo. Mas independentemente das orientações do argentino Patricio Lostau, o VAR interveio. E chancelou a decisão equivocada. Está no áudio.
Os dois erraram, um antes e outro depois. E se o homem do vídeo não deve se envolver num lance desses, o que justifica sua existência? Por que não estamos tratando de uma falha comum, de uma jogada interpretativa, mas de um erro bizarro. Enorme.
Como registrei no blog, logo após a peleja, no Brasil há árbitros, no campo e na cabine, que não sabem o que é uma partida de futebol. Pessoas que decoram as regras e as interpretam de maneira equivocada por desconhecimento do jogo.
Defendê-los, minimizar seus equívocos, tentar remover a responsabilidade de um deles é tão abjeto como a falha da noite de segunda-feira. Um erro gravíssimo, que maltrata o futebol.